<$BlogRSDUrl$>

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

“O ano em que ‘El Diez’ fez a terra tremer” 

1986 foi um ano movimentado. Em terra, o colapso da economia soviética indicava um desfecho para a guerra fria. Decadentes, os soviéticos protagonizam ainda o desastre da usina nuclear de Chernobyl que deixou o planeta boquiaberto. No ar, o desastre foi do lado ianque: em 28 de janeiro, o mundo assiste ao vivo à explosão da missão Challenger, que vitimou os 7 tripulantes apenas um minuto após decolar.

Para quem gosta de “deja vu”, os EUA bombardearam a Líbia numa represália a ataques terroristas. Alheios a tudo isso, Portugal e Espanha aderiram à união européia. Não muito longe dali, o premier sueco era assassinado. Na Índia, João Paulo II deu as mãos à Madre Teresa e alimentou os famintos de Calcutá. Já na efervescente América Latina, Pinochet escapou de uma emboscada e floresceram os fiscais do Sarney após o lançamento do Plano Cruzado em mais uma brincadeira de cortar os 3 últimos zeros da moeda tupiniquim.

Em meio a tudo isso, o mundo ainda encontrou tempo para assistir Platoon, 9 ½ semanas de Amor, O Nome da Rosa, sem falar no cometa Halley, que também deu o ar da graça. E, claro, à 13ª Copa do Mundo, realizada no México.

No México? De novo? A copa de 86 deveria ter sido realizada na Colômbia. Ocorre que uma combinação de atraso nos preparativos do mundial, crise econômica, polêmica/lobby envolvendo um patrocinador da copa e atritos entre o governo colombiano e a FIFA acabaram por tirar dos conterrâneos de Botero a chance de sediar um mundial. Entre os candidatos Brasil, Canadá, EUA e México, Havelange acabou optando pelos últimos, fazendo um acordo com os penúltimos para que esses sediassem o torneio 8 anos depois.

Estaria ótimo se um terremoto de 8.1 graus na escala Richter que foi sentido do Chile aos EUA não tivesse devastado o México, deixando cerca de 25 mil mortos oito meses antes da Copa. O país se uniu e garantiu a realização do mundial. Quando a bola finalmente rolou, o mundo deparou-se com uma envelhecida geração brasileira de 82, despediu-se do futebol vistoso mas ineficaz de Platini e companhia, constatou novamente a força do futebol alemão, agora treinado pelo Kaiser, deliciou-se com a rivalidade anglo-argentina e, acima de tudo, caiu de joelhos diante da genialidade de Don Diego Armando Maradona, que causava terremotos nas defesas adversárias cada vez que encostava na bola.

Além do Brasil, a então campeã Itália também decepcionou, enquanto uma atrevida Bélgica chegava às semifinais. A União Soviética também fez bonito e a “Dinamáquina” dos irmãos Laudrup oscilou entre a goleada aplicada no Uruguai de Francescoli e a sofrida ante a Espanha de Butragueño. Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, mas o fato é que os mexicanos, e só eles, puderam ver de perto os dois maiores gênios da história do futebol no ápice de suas invejáveis formas.


O pequeno Pelé (entre tantos)

Não, não estamos falando de Maradona, principalmente porque Diego jamais se deixaria chamar de pequeno. Enzo Scifo nasceu na Itália, filho de pais italianos, em 19 de fevereiro de 1966. Aos 7 anos já arriscava os primeiros chutes na rua. Meio campista habilidoso, aos 14 anos se juntava ao clube belga Louviéroise, numa curta ponte que o levou ao Anderlecht ainda em 80. Como junior, recebeu o hiperbólico apelido de “Pequeno Pelé” após anotar a módica quantia de 432 gols em 4 temporadas.
Enzo estreou na primeira divisão em 83. Aos 18 anos, assumiu nacionalidade belga, bem a tempo de se juntar à seleção para disputar a Euro-84, quando estreou contra a Iugoslávia. Ainda em 84, o prodígio de 18 anos faturava a chuteira de ouro belga. Na seqüência, sagrou-se tricampeão nacional pelo Andrelecht entre 85 e 87. Seu enorme potencial despertou o interesse da Inter de Milão em 1987. No entanto, uma performance aquém do esperado o levaria ao Girondins Bordeaux um ano depois, onde novamente decepcionaria. Aos 23 anos, Enzo então cogitou pendurar as chuteiras, mas foi salvo pelo manager francês Guy Roux.
A volta por cima se deu numa bem sucedida transferência para o Auxerre em 89, abrindo-lhe novamente as portas na bota. Acabou contratado pelo Torino em 91, onde faturou uma copa da Itália. Antes de retornar ao Anderlecht em 97, onde encerraria a carreira em 2000 após ser diagnosticado com artrite crônica, o craque ainda defendeu o Mônaco, pelo qual foi campeão francês em 97.
Pelos diabos vermelhos, Scifo disputou as copas de 86, 90, 94 e 98, totalizando 84 aparições e apenas 18 gols. Com 16 jogos disputados em Mundiais, permanece como uma dos 14 jogadores a terem disputado 4 copas. Apareceu para o mundo justamente no México. Enzo conduziu o selecionado belga a um surpreendente 4º lugar, jogando as 7 partidas em alto nível e anotando 2 gols, contra o Iraque na primeira fase e União Soviética na dramática partida das oitavas vencida pelo diabos vermelhos por 4x3 na prorrogação. Também marcou na disputa de pênaltis contra a Espanha nas quartas. Os belgas caíram diante de Diego Maradona na semifinal. O 3º lugar escapou na prorrogação contra a França.
Também merece destaque o golaço de Scifo contra o Uruguai no mundial da Itália, quando a Bélgica não passou da primeira fase. Em 94 e 98, sua performance foi apenas discreta. Desligou-se da seleção após o mundial da França.
Em 2000 Scifo seguiu um conhecido caminho e se tornou técnico do Charleroi. Resultados inexpressivos o fizeram pedir o chapéu em 2002. Atualmente Scifo dirige o Tubize, clube segunda divisão belga.

Quero ser grande

No grupo F do mundial estavam Inglaterra, Polônia, Portugal e Marrocos. A lógica apontava os ingleses em primeiro, e a Polônia, vinda de um bom retrospecto nas copas anteriores, com uma leve vantagem sobre Portugal na briga pelo segundo lugar. Ao Marrocos caberia o glorioso papel de saco de pancadas. Eis que a coisa foge um pouco do script: logo na primeira rodada Marrocos tomou um ponto da Polônia, ao passo que os ingleses perderam para Portugal. Assanhados, os marroquinos se atrevem a empatar com os ingleses, enquanto a Polônia batia Portugal. Com o grupo surpreendentemente embolado, a decisão ficou para a última rodada.

No dia 11 de junho de 1986, 28 mil espectadores foram ao estádio Jalisco assistir Portgual x Marrocos, subitamente transformado num embate decisivo. De um lado, os favoritos portugueses que, ausentes de mundiais por 20 anos, haviam feito um bom papel na Euro-84. Do outro, os azarões árabes, campeões continentais 10 anos antes e em sua segunda copa do mundo. A preparação de Portugal tinha sido desastrosa, incluindo aí uma ameaça de greve dos jogadores em pleno solo asteca, mas a equipe havia vencido a Inglaterra na primeira rodada e não considerava nada menor que uma vitória antes os “Leões dos Atlas”. Um empate classificava os dois times para as oitavas de final.

Talvez mais habituados ao calor desumano que fazia no México no horário das partidas, os marroquinos começaram voando e, para descrença dos presentes, abriram humilhantes 2x0 com 28 minutos de jogo, dois gols de Abderrazak Khairi. Aos 17 do segundo tempo, o inesperado acontecia: Abdelkarim Krimau faz Marrocos 3 a 0. A 9 minutos do final Diamantino descontou para os lusos, mas então Inês já era morta.

Portugal ficou em último na chave e o plantel cruzou o atlântico desolado. Com a derrota ultrajante para os árabes, somada aos entreveros durante a preparação, o grupo ruiu por completo e a quase totalidade dos jogadores se recusou a jogar pela seleção nos 2 anos que se seguiram. A seleção levaria 10 anos para se reerguer, quando a geração de Figo levou o país a uma competição oficial, a Euro-96 na Inglaterra.
Do lado árabe, a façanha fez com que os marroquinos terminassem como líderes na chave e se tornassem a primeira seleção africana a avançar para a segunda fase de uma copa do mundo. As oitavas seriam contra a toda poderosa Alemanha e o Rey Hassan II, possuído pela euforia, prometeu uma casa a cada jogador em caso de vitória. Se motivou o grupo ou não, o fato é que os marroquinos só caíram aos 42 do segundo tempo, gol de um tal de Lothar Matthaeus. Como consolação e reconhecimento pela épica campanha, o monarca convidou os atletas a assistirem ao final da competição em solo mexicano. Afinal de contas, Marrocos conquistara o 11º lugar na Copa, terminando à frente da então campeã Itália.

CURIOSIDADES
Na estréia do Brasil, contra a Espanha, a banda tocou o Hino à bandeira do Brasil, em vez do Hino Nacional Brasileiro.
A preparação de Portugal não poderia trer sido mais tumultuada. Primeiro, os jogadores alojaram-se perto da fronteira com o Texas e só pensavam em fazer compras nos EUA. Deram dinheiro para que um membro da delegação trouxesse a muamba. Membro esse que nunca mais retornou com o dinheiro dos atletas. Segundo, os jogadores ameaçaram fazer greve por questões de patrocínio e premiação. Por fim, os rumores sobre a boemia dos atletas fez com que chovessem ligações das esposas na concentração atrás dos supostos maridos foliões
O prêmio dos argentinos, campeões mundiais, foi de 50 mil dólares. Se ficassem com a taça, os brasileiros ficariam com 130 mil.
A expulsão mais rápida das copas ocorreu nesse ano, foi a do uruguaio Jose Batista no jogo contra a Escócia. Ele recebeu o cartão vermelho aos 55 segundos do primeiro tempo.
Para viajar ao México, a seleção italiana exigiu da empresa aérea Alitalia a mesma tripulação que os levara a Espanha quatro anos antes. É que em 1982 a Itália tinha se sagrado campeã.
Antes do futebol, o atacante italiano Bruno Conti jogava baseball. Era tão bom que quase foi jogar profissionalmente nos Estados Unidos.
Preocupada com o Mal de Montezuma, que causa incontroláveis crise de estômago em estrangeiros no México, a delegação da Bélgica trouxe em sua bagagem 20 mil litros de água mineral e centenas de quilos de queijo holandês
Em 1985, durante as eliminatórias, o coração do técnico escocês Jock Stein não resistiu as emoções do jogo decisivo contra o País de Gales. Tombou ainda no banco, depois da partida.
Onze dos jogadores da Seleção Soviética eram do Dínamo de Kiev, cidade próxima da usina de Chernobyl, que tevem um acidente nuclear dois meses antes do desembarque da equipe no México.
* o 'loser' da Copa
Itália – então campeã do mundo, fez campanha medíocre na primeira fase, empatando 2 jogos e só ganhando da Coréia com gol aos 37 minutos do segundo tempo. Caiu nas oitavas diante da França por 2x0. Com isso terminou a Copa num vergonhoso 12º lugar. Campanha resumida pela manchete da Gazetta dello Sport: “Éramos campeões. Agora somos fantasmas”

* o ilustre desconhecido
Preben Elkjær-Larsen – foi o artilheiro da “Dinamáquina” no mundial com 4 gols em 4 jogos. Marcou contra um contra a Escócia e 3 contra o Uruguai nos antológicos 6x1 da primeira fase. Com toda essa fome de gol não conseguiu impedir a goleada sofrida contra Espanha nas oitavas, jogo em que Butragueño foi às redes 4 vezes.

* a mutreta da Copa
6 minutos do segundo tempo. Argentina e Inglaterra se enfrentam no estádio Asteca por uma vaga nas semifinais. A bola é lançada na área inglesa. O pequenino Maradona disputa o lance aéreo contra o experiente Peter Shilton. No que parece ter sido um milagre, Maradona supera o arqueiro e abre o placar. Milagre mesmo foi o árbitro Ali Bennaceur da Tunísia não ter percebido “la mano de dios”.

* plataforma para o sucesso
Coréia do Sul – após estrear em mundiais em 54, os coreanos ficaram 28 anos sem disputar uma Copa. Desde então se classificaram para todos os mundiais, tendo sediado o último deles, quanto alcançaram um honroso 4º lugar.

* fim de uma era
Telê Santana à frente da seleção – depois de montar uma seleção de feras, apresentar o futebol mais vistoso e cair diante da então débil Itália em 82, Telê voltou a comandar o escrete em 86. Com uma geração menos talentosa, brigou com alguns jogadores durante a fase de preparação, fez uma aposta arriscada no combalido Zico e acabou caindo novamente nas 4as, dessa vez diante da França, no inesquecível pênalti que bateu na trave e nas costas de Carlos antes de entrar. Amargou a fama de pé frio que só reverteria 6 anos depois com o São Paulo e nunca mais dirigiu a seleção.
Artilheiros
6 gols: Lineker (Inglaterra); 5 gols: Maradona (Argentina), Careca (Brasil) e Butragueño (Espanha); 4 gols: Valdano (Argentina), Elkjaer-Larsen (Dinamarca), Altobelli (Itália) e Belanov (URSS); 3 gols: Voeller (Alemanha), Ceulemans e Claesen (Bélgica) e J. Olsen (Dinamarca); 2 gols: Allofs (Alemanha), Burruchaga (Argentina), Josimar e Sócrates (Brasil), Scifo (Bélgica), Calderé (Espanha), Papin, Platini e Stopyra (França), Khairi (Marrocos), Quirarte (México), Cabañas e Romerito (Paraguai) e Yaremchuck (URSS); 1 gol: Brehme, Matthäus e Rummenigge (Alemanha), Brown, Pasculli e Ruggeri (Argentina), Zidane (Argélia), De Mol, Vanderberg, Vercauteren e Veit (Bélgica), Edinho (Brasil), Getov e Sirakov (Bulgária), Choi Soon-Ho, Huh Jung-Moh, Kim Jong-Bum e Park Chang-Sun (Coréia do Sul), Erikssen, Laudrup e Lerby (Dinamarca), Strachan (Escócia), Eloy, Goicoechea, Salinas e Señor (Espanha), Amoros, Fernandez, Ferreri, Genghini, Rocheteau e Tiganá(França), Detari e Esterhazi (Hungria), Beardsley (Inglaterra), Ahmed (Iraque), Clarke e Whiteside (Irlanda do Norte), Krimau (Marrocos), Flores, Negrete, H. Sanchez e Servin (México), Smoralek (Polônia), Carlos Manuel e Diamantino (Portugal), Alejnikov, Blokhin, Rats, Rodionov, Yakovenko e Zavarov (URSS), Aizamendi e Francescoli (Uruguai); gol contra: Cho-Jung (Coréia do Sul), para a Itália
Chaves
Grupo A: Argentina, Itália, Bulgária e Coréia do SulGrupo B: México, Paraguai, Bélgica, e IraqueGrupo C: URSS, França, Hungria e CanadáGrupo D: Brasil, Espanha, Irlanda e ArgéliaGrupo E: Dinamarca, Alemanha Ocidental, Uruguai e EscóciaGrupo F: Marrocos, Inglaterra, Polônia e Portugal
Todos os resultados1ª faseGrupo A 31/5 - Itália 1 x 1 Bulgária2/6 - Argentina 3 x 1 Coréia do Sul5/6 - Itália 1 x 1 Argentina5/6 - Bulgária 1 x 1 Coréia do Sul10/6 - Itália 3 x 1 Coréia do Sul10/6 - Argentina 2 x 0 Bulgária
Grupo B3/6 - México 2 x 1 Bélgica4/6 - Paraguai 1 x 0 Iraque7/6 - México 1 x 1 Paraguai8/6 - Bélgica 2 x 1 Iraque11/6 - México 1 x 0 Iraque11/6 - Bélgica 2 x 2 Paraguai
Grupo C1/6 - França 1 x 0 Canadá2/6 - União Soviética 6 x 0 Hungria5/6 - França 1 x 1 União Soviética6/6 - Hungria 2 x 0 Canadá9/6 - França 3 x 0 Hungria9/6 - União Soviética 2 x 0 CanadáGrupo D1/6 - Brasil 1 x 0 Espanha2/6 - Argélia 1 x 1 Irlanda do Norte6/6 - Brasil 1 x 0 Argélia7/6 - Espanha 2 x 1 Irlanda do Norte12/6 - Brasil 3 x 0 Irlanda do Norte12/6 - Espanha 3 x 0 Argélia
Grupo E 4/6 - Alemanha Ocidental 1 x 1 Uruguai4/6 - Dinamarca 1 x 0 Escócia8/6 - Alemanha Ocidental 2 x 1 Escócia8/6 - Dinamarca 6 x 1 Uruguai13/6 - Dinamarca 2 x 0 Alemanha Ocidental13/6 - Uruguai 0 x 0 Escócia
Grupo F2/6 - Polônia 0 x 0 Marrocos3/6 - Portugal 1 x 0 Inglaterra6/6 - Inglaterra 0 x 0 Marrocos7/6 - Polônia 1 x 0 Inglaterra11/6 - Inglaterra 3 x 0 Polônia11/6 - Marrocos 3 x 1 Portugal
Oitavas-de-final 15/6 - México 2 x 0 Bulgária15/6 - Bélgica 4 x 3 União Soviética16/6 - Brasil 4 x 0 Polônia16/6 - Argentina 1 x 0 Uruguai17/6 - França 2 x 0 Itália 17/6 - Alemanha Ocidental 1 x 0 Marrocos18/6 - Inglaterra 3 x 0 Paraguai 18/6 - Espanha 5 x 1 Dinamarca
Quartas-de-final 21/6 - França 1 x 1 Brasil (nos pênaltis: França 4 x 3 Brasil)21/6 - Alemanha Ocidental 0 x 0 México (nos pênaltis: Alemanha Oc. 4 x 1 México)22/6 - Argentina 2 x 1 Inglaterra22/6 - Bélgica 1 x 1 Espanha (nos pênaltis: Bélgica 5 x 4 Espanha)
Semifinais25/6 - Alemanha Ocidental 2 x 0 França 25/6 - Argentina 2 x 0 Bélgica
Decisão de 3º lugar28/6 - França 4 x 2 Bélgica
Final29/6 - Argentina 3 x 2 Alemanha Ocidental




Classificação final
Pos
País
Jogos
V
E
D
GP
GC
SG


Argentina
7
6
1
0
14
5
9

Alemanha Ocidental
7
3
2
2
8
7
1

França
7
4
2
1
12
6
6

Bélgica
7
2
2
3
12
15
-3

Brasil
5
4
1
0
10
1
9

México
5
3
2
0
6
2
4

Espanha
5
3
1
1
11
4
7

Inglaterra
5
2
1
2
7
3
4

Dinamarca
4
3
0
1
10
6
4
10º
URSS
4
2
1
1
12
5
7
11º
Marrocos
4
1
2
1
3
2
1
12º
Itália
4
1
2
1
5
6
-1
13º
Paraguai
4
1
2
1
4
6
-2
14º
Polônia
4
1
2
1
1
7
-6
15º
Bulgária
4
0
2
2
2
6
-4
16º
Uruguai
4
0
2
2
2
8
-6
17º
Portugal
3
1
0
2
2
4
-2
18º
Hungria
3
1
0
2
2
9
-7
19º
Escócia
3
0
1
2
1
3
-2
20º
Coréia do Sul
3
0
1
2
4
7
-3
21º
Irlanda do Norte
3
0
1
2
2
6
-4
22º
Argélia
3
0
1
2
1
5
-4
23º
Iraque
3
0
0
3
1
4
-3
24º
Canadá
3
0
0
3
0
5
-5

This page is powered by Blogger. Isn't yours?