sábado, junho 30, 2007
The boy - crônica para Inglaterra x Brasil (Wembley)
Rio, January 1933. Charles Chaplin, on holiday in Brasil, left the Corcovado bound for a pre-carnival party. The star was curious to know the magic of the local women. Throughout the party the actor entertained himself with a waitress called Maria Carolina. Genius of the cinema world, Chaplin flirted with the girl through mime and conquered the Brasilian with his charm. Maria Carolina gave in and it resulted in a night of passion in the Copacabana sand.The following morning, Chaplin returned to Hollywood; for him, the party of the night before had been a one-off. But the same could not be said for Maria Carolina, the humiliated resident of Pau Grande. The young lass fell in love with the Englishman and resolved to leave her family and pursue the new love of her life. Knowing only Chaplin’s nationality, she decided to go to London, using her allure to get a free ticket over and discover the whereabouts of the artist.Maria had never left the state of Rio and believed her seasickness throughout the journey to be cause of the swaying motion of the ship. However, with the persistence of the unfamiliar symptoms it dawned on her that in truth she was pregnant. To Maria, the baby was a sign that her destiny was at Chaplin’s side.Gothenburg, 11th June 1958. Brasil and England confronted each other in the second round of the World Cup in Sweden. The English team came from a draw and the pressure was on for the promising Garrincha to play. Expectation was answered and the boy tested Nílton Santos and humiliated Brasil: 4-0 showcasing the no.7 shirt. Amid the crowd, Maria Carolina was torn: proud of the son’s performance but sad at the defeat and Brasilian elimination.After this game Garrincha reappeared and the team knocked out the Austrians, the Welsh and the French to reach the final against the hosts. Another display of the star guaranteed the first cup for England and his recognition as the new sensation of world football.As destiny would have it, Garrincha faced compatriots of his mother four years later, during the World Cup in Chile. Another nightmare for Nílton Santos, another inspired performance and English victory: 3-1. The following day the English newspaper headlines read: Garrincha is an extra-terrestrial. ‘ET’ carried the team on his back against Chile and Czechoslovakia and England became two-time Champions of the world. Garrincha was heralded as the biggest star of all time.His technique diverged from the school of English Football, renowned for his improvisation, individual flair and beautiful game. It was the so-called football-art. Faithful to his style and with Garrincha as manager, England arrived strong in the World Cup in Mexico. This time the team was led by Bobby Charlton, returning to beat Brasil and mercilessly thrash Italy 4-1 in the most memorable final in the history of the competition.Following a period of instability in which the English tried to adopt the defensive model and tactics of its European rivals, the team became world champions in ’94 in the USA. It was the cup which saw the rejuvenation of artistic football and the acclamation of the veterans Lineker and Gascoigne. The English federation of football was then presided by Garrincha.The last chapter of this English odyssey was written five years ago. Led by Beckham and the prodigal Michael Owen, England won the seven games, the highlight of which being their clash against Brasil. The outstanding goal from a Beckham free-kick, with which he lobbed Marcos, came from a suggestion by Garrincha after he had observed the positioning of the Brasilian goalkeeper.Brasil lifted only the cup of ’66, won in the Maracanã. The victory in the final against Germany came with the infamous goal from the unknown Pelé, a moment in which apparently the ball did not cross the line.
domingo, junho 10, 2007
“Zidane - O charme discreto de um mágico da bola”
Sem grandes lançamentos de DVDs de futebol no presente, surge a oportunidade de olharmos para o passado com o intuito de buscar inspiração ou meramente saciar qualquer forma de saudosismo. Há um ano começava a copa da Alemanha, cujo destaque individual, seja na versão médico ou na versão monstro, foi Zinedine Zidane em seu canto do cisne.
Por isso, apesar de estar longe de ser um lançamento, o DVD “Zidane - O charme discreto de um mágico da bola”, de Placar, vale a pena ser assistido. O documentário, com 57 minutos de duração, combina com harmonia uma bela seleção de imagens do craque com depoimentos e uma sessão de destaques onde podemos acompanhar lances onde Zizu mostrou sua classe inconfundível, bem como sua participação decisiva no Mundial-98 e na Euro-2000. Isso tudo acompanhado de uma trilha sonora cuidadosamente escolhida.
Na parte que descreve a carreira do meia francês, merecem destaques os trechos que falam que Zidane chegou a jogar de zagueiro no Cannes, os que mostram como Platini apadrinhou Zizu na Juventus e também quando o próprio craque revela que seu ídolo na juventude era o meio uruguaio Enzo Francescoli.
Por falar em Juventus, vale lembrar que o DVD original foi feito por uma produtora italiana (o próprio testemunho de Zizu é dado em italiano), o que explica a ênfase despropocional dada à carreira do meia pela Juventus, narrando com minúcias as temporadas 96/97, 97/98 e 98/99 do Calcio e as copas dos campeões deste período. Aliás, é curioso hoje imaginar que naquela época o craque chegou a carregar a pecha de “gato negro”, pelo suposto azar que dava aos seus clubes nas finais disputadas (Uefa 96 pelo Bordeaux e LCs 97 e 98 pela Juve). Imaginem se ele não tivesse vencido uma LC, dois mundiais interclubes, uma Eurocopa e um mundial.
Na parte referente à Copa de 98, emociona a belíssima edição de imagens para a estréia contra a África do Sul na Marselha onde Zidane nasceu e cresceu, tendo justamente a Marselhesa como trilha sonora. Também são interessantes as imagens da partida das quartas de final, em que Zidane, assim como Maradona fizera oito anos antes, encara e elimina nos pênaltis seus colegas de calcio. Por fim, essa sessão é fechada com a inesquecível imagem do rosto de Zidane projetado no arco do triunfo durante as comemorações pela consquista inédita dos Bleus.
O DVD traz ainda a participação decisiva de Zizu na Euro 2000. Impossível não fazer uma comparação com a campanha francesa na copa da Alemanha: começo titubeante, arrancada contra a Espanha, semifinal contra Portugal e final contra a Itália, com direito a disputa de penalidades.
O documentário deixa a desejar ao não falar praticamente nada sobre a passagem do meia pelo Real. Consequentemente omite a contribuição marcante do craque para o título merengue da LC-2002. Também passa por cima do naufrágio francês na copa 2002. Como um todo, o DVD ignora o aspecto genioso e por vezes intempestivo e agressivo do gênio francês que sempre o acompanhou e viria a marcar sua carreira na final da Copa da Alemanha. Reside aí, inclusive, a principal falha do DVD: foi concluído antes da aposentadoria do craque e por isso perde capítulos vitais de sua carreira. Graças a essa “ansiedade”, devemos aguardar por uma segunda versão, esta sim completa.
Mesmo com essas ressalvas, o documentário é um convite a saborear o talento de Zinedine Zidane e seus lances memoráveis, domínio sem igual e estilo incomparável. Foi, possivelmente, o jogador mais técnico desde Diego Armando Maradona e por isso, por mais que tenha se tornado o algoz número um da seleção brasileira na história, é impossível odiá-lo. O amor pelo futebol de qualidade fala mais alto e pende para o lado de magos como Zidane.
Aos interessados, fica a dica do box “DVDs Grandes Craques de Placar”. Nele, além de Zidane, o fã leva pra casa também os lances de Maradona e Platini. No momento em que esta resenha foi escrita, o box estava com preço promocional bastante convidativo.
Por isso, apesar de estar longe de ser um lançamento, o DVD “Zidane - O charme discreto de um mágico da bola”, de Placar, vale a pena ser assistido. O documentário, com 57 minutos de duração, combina com harmonia uma bela seleção de imagens do craque com depoimentos e uma sessão de destaques onde podemos acompanhar lances onde Zizu mostrou sua classe inconfundível, bem como sua participação decisiva no Mundial-98 e na Euro-2000. Isso tudo acompanhado de uma trilha sonora cuidadosamente escolhida.
Na parte que descreve a carreira do meia francês, merecem destaques os trechos que falam que Zidane chegou a jogar de zagueiro no Cannes, os que mostram como Platini apadrinhou Zizu na Juventus e também quando o próprio craque revela que seu ídolo na juventude era o meio uruguaio Enzo Francescoli.
Por falar em Juventus, vale lembrar que o DVD original foi feito por uma produtora italiana (o próprio testemunho de Zizu é dado em italiano), o que explica a ênfase despropocional dada à carreira do meia pela Juventus, narrando com minúcias as temporadas 96/97, 97/98 e 98/99 do Calcio e as copas dos campeões deste período. Aliás, é curioso hoje imaginar que naquela época o craque chegou a carregar a pecha de “gato negro”, pelo suposto azar que dava aos seus clubes nas finais disputadas (Uefa 96 pelo Bordeaux e LCs 97 e 98 pela Juve). Imaginem se ele não tivesse vencido uma LC, dois mundiais interclubes, uma Eurocopa e um mundial.
Na parte referente à Copa de 98, emociona a belíssima edição de imagens para a estréia contra a África do Sul na Marselha onde Zidane nasceu e cresceu, tendo justamente a Marselhesa como trilha sonora. Também são interessantes as imagens da partida das quartas de final, em que Zidane, assim como Maradona fizera oito anos antes, encara e elimina nos pênaltis seus colegas de calcio. Por fim, essa sessão é fechada com a inesquecível imagem do rosto de Zidane projetado no arco do triunfo durante as comemorações pela consquista inédita dos Bleus.
O DVD traz ainda a participação decisiva de Zizu na Euro 2000. Impossível não fazer uma comparação com a campanha francesa na copa da Alemanha: começo titubeante, arrancada contra a Espanha, semifinal contra Portugal e final contra a Itália, com direito a disputa de penalidades.
O documentário deixa a desejar ao não falar praticamente nada sobre a passagem do meia pelo Real. Consequentemente omite a contribuição marcante do craque para o título merengue da LC-2002. Também passa por cima do naufrágio francês na copa 2002. Como um todo, o DVD ignora o aspecto genioso e por vezes intempestivo e agressivo do gênio francês que sempre o acompanhou e viria a marcar sua carreira na final da Copa da Alemanha. Reside aí, inclusive, a principal falha do DVD: foi concluído antes da aposentadoria do craque e por isso perde capítulos vitais de sua carreira. Graças a essa “ansiedade”, devemos aguardar por uma segunda versão, esta sim completa.
Mesmo com essas ressalvas, o documentário é um convite a saborear o talento de Zinedine Zidane e seus lances memoráveis, domínio sem igual e estilo incomparável. Foi, possivelmente, o jogador mais técnico desde Diego Armando Maradona e por isso, por mais que tenha se tornado o algoz número um da seleção brasileira na história, é impossível odiá-lo. O amor pelo futebol de qualidade fala mais alto e pende para o lado de magos como Zidane.
Aos interessados, fica a dica do box “DVDs Grandes Craques de Placar”. Nele, além de Zidane, o fã leva pra casa também os lances de Maradona e Platini. No momento em que esta resenha foi escrita, o box estava com preço promocional bastante convidativo.
